10 de janeiro de 2022 às 10:57
O jornalista Alexandre Campello, editor da TV Assembleia de Minas Gerais, e sua esposa, Ana Martins, estavam numa das lanchas atingidas pela rocha que se soltou em Capitólio com os dois filhos pequenos, sobrinhos e outros familiares. Todos sobreviveram ao acidente, mas tiveram ferimentos.
Alexandre quebrou as pernas e clavículas e teve escoriações. Ele e os filhos tiveram alta do hospital no domingo. Ana Martins seguia internada com suspeita de estar com punhos e clavícula quebrados.
Nesse domingo, Alexandre usou as redes sociais para tranquilizar amigos e parentes. Ele está sem comunicação, já que todos perderam os celulares no acidente. Ele agradece pelas mensagens e orações e diz que a família “nasceu de novo”.
"Passando para agradecer todas as orações e palavras de carinho diante da tragédia que vivenciamos em Capitólio. Graças a Deus, passado o susto e o devido atendimento de emergência, posso dizer que estamos todos bem. Apesar das fraturas, nenhum de nós teve sequela mais grave. Nascemos de novo pelas mãos de Deus. Muito obrigado a todos”, publicou Alexandre, em seu perfil no Facebook.
Alexandre e a família devem voltar para Belo Horizonte nesta segunda-feira.
'Foi como uma bomba'
Foram apenas poucos, mas decisivos, segundos de reação, conta o marinheiro Ederson de Oliveira, que estava muito próximo à rocha que desabou no cânion em Capitólio (MG), matando dez pessoas na manhã de sábado. O piloto de viagens turísticas e sobrevivente da tragédia, relatou ao GLOBO ter estranhado a quantidade de pedras que caíram da rachadura do paredão, quando decidiu se afastar. A tragédia, relata, ocorreu menos de um minuto depois.
– Fui um dos primeiros a chegar no local e fui tirar foto do pessoal (que estava na lancha), todos querem imagem com a cachoeira de fundo. Aí escutei uma pedra caindo e pensei: como está chovendo muito, um pedaço é normal. Mas vi que na fenda, na trinca, caíam muitas outras, não era normal. Decidi então me afastar e avisei a um fiscal que estava no local para alertar as outras embarcações – conta.
Conhecido como Dersinho, ele afirma ainda que conseguiu ver o momento exato em que a pedra caiu por cima de uma lancha que estava no local. O desastre aconteceu, ele estima, 40 a 50 segundos após ele notar o desmoronamento de pedras menores. “Foi tudo muito triste”, lamenta.
O aviso para que a outra embarcação se afastasse não deve ter sido ouvido, ele crê, devido ao barulho das lanchas, da música e da própria queda d’água:
– Achei que a rocha ia cair como se fosse a demolição de um prédio. Depois vi, pelas imagens, que o apoio da pedra estava deslocado. Se imaginássemos que fosse cair para frente teríamos ficado ainda mais longe do que a distância de 30 a 40m de onde vimos o desastre – relembra.
Veja o relato completo.
O GLOBO
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