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PT e PSB se reúnem e buscam avanço em federação; candidaturas em cinco estados representam impasses

20 de janeiro de 2022 às 8:42

Após a troca de hostilidades no início do ano, as direções de PT e PSB vão se reunir nesta quinta-feira, pela primeira vez no ano, para discutir a possibilidade de formar uma federação e, consequentemente, tirar do papel a frente ampla de esquerda.

Segundo as palavras de interlocutores das duas siglas, os dirigentes Gleisi Hoffmann (PT) e Carlos Siqueira (PSB) vão se encontrar para discutir os principais pontos do "acordo pré-nupcial" – leia-se o apoio estadual a candidatos do PSB em troca do endosso à campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além disso, há em questão as candidaturas municipais em 2024. A nova lei eleitoral obriga os partidos "federados" a lançarem chapas conjuntas e a atuarem juntos no Congresso por um período de quatro anos.

– É isso que vai garantir um bom casamento no futuro. Não vai ser uma discussão simples – disse o deputado Tadeu Alencar (PSB-PE), que passou a ser cotado, ao lado do colega de bancada Danilo Cabral (PSB-PE), como um dos possíveis candidatos do PSB ao governo de Pernambuco.

Apesar de terem muitos detalhes a tratar – só de eleições municipais são mais de 1.000 candidaturas –, o PT e o PSB definiram o fim de fevereiro como prazo limite para definir a federação.

Os dirigentes dos dois lados passaram os últimos dias se munindo de pesquisas eleitorais e dados locais para exibir no encontro as armas que têm à disposição para a negociação.

O PT pretende desistir das pré-candidaturas que passou a aventar em Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Espírito Santo em troca da exigência do apoio à candidatura do ex-prefeito Fernando Haddad, em São Paulo. Lá, ele aparece à frente do ex-governador Márcio França (PSB) nas pesquisas de intenção de voto – França vem reafirmando a disposição de ser candidato. A direção petista tem tentado convencê-lo a disputar o Senado, mas ele permanece irredutível.

O GLOBO

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