Blog do Dina - Todos os programas adotados no Brasil na pandemia deram certo, diz Guedes


Todos os programas adotados no Brasil na pandemia deram certo, diz Guedes

21 de janeiro de 2022 às 15:53

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que todos os programas adotados pelo Brasil para enfrentar os efeitos da pandemia foram bem-sucedidos. A fala ocorreu durante um painel virtual do Fórum Econômico Mundial de Davos na manhã desta sexta-feira (21).

"Estamos prontos para decolar de novo. Todos os nossos programas [para lidar com a pandemia] foram bem-sucedidos, o de preservação de empregos, as linhas de crédito, as transferências diretas de renda. E estamos prontos para vacinarem massa, enquanto vocês continuarem produzindo vacinas e a gente as produza aqui", disse.

"Tivemos sucesso em evitar uma grande depressão depois de sermos atingidos pela pandemia e agora entramos em um estágio de desaceleração. E agora a questão é quanto tempo vão durar os efeitos sobre a inflação", apontou o ministro.

"Nossa relação dívida/PIB hoje é de 80%, abaixo das previsões. As pessoas estavam preocupadas, mas criamos 4 milhões de empregos, 3 milhões de formais, e preservamos 11 milhões", disse Guedes.

O país registrou a criação de 324,1 mil postos de trabalho com carteira assinada em novembro, 13% menos do que o registrado um ano antes, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). No acumulado de janeiro a novembro de 2021, o saldo do é de 2,9 milhões de novas vagas de emprego.

Em 2020, após os dados do Caged terem sido revisados, o saldo do emprego formal no país ficou negativo, fechando 191,5 mil vagas no primeiro ano de pandemia.

Guedes participou de um painel que discutiu como o sistema de comércio internacional vai precisar se adaptar a novos freios além da pandemia e como ​empresas e governos podem trabalhar juntos para reduzir os efeitos dessas interrupções.

Ele também disse que o Brasil tem espaço fiscal e monetário para se recuperar agora e afirmou não acreditar que a inflação será transitória. "Os bancos centrais estão dormindo no volante e precisam acordar para a questão da inflação. Minha sensação é que a fera está descontrolada. No Brasil, por causa da experiência trágica que tivemos com a inflação, nos mexemos rapidamente."

O painel também contou com a diretora-geral do FMI (Fundo Monetário Internacional), Kristalina Georgieva, a presidente do BCE (Banco Central Europeu), Christine Lagarde, a ministra das Finanças da Indonésia, Sri Mulyani Indrawati, e o presidente do banco central do Japão, Haruhiko Kuroda.

"O ano de 2022 vai ser correr por uma pista de obstáculos. Do lado positivo, prevemos que a recuperação vai continuar, mas uma parte do impulso está se perdendo", disse Kristalina, Georgieva, do FMI.

"Se olharmos para a inflação, a pressão dos preços vem dos alimentos, das cadeias produtivas, por causa dos efeitos da pandemia. E temos um fenômeno relacionado à pandemia, que é o mercado de trabalho estar mudando."

"Os Bancos Centrais devem ser claros em suas ações, mas as políticas monetárias devem ser certeiras também. E, infelizmente, isso ainda não está sendo feito como deveria", disse ela.

Veja a matéria completa.

Folha de S. Paulo

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