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Lula e Bolsonaro estarão no 2º turno em disputa por menor rejeição, diz Ciro Nogueira

7 de fevereiro de 2022 às 8:58

O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, afirmou em entrevista exibida neste domingo (6) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) estarão no segundo turno das eleições e que a disputa representará um duelo pela menor rejeição.

"Acho impossível Lula e Bolsonaro não estarem no segundo turno", afirmou em entrevista exibida pela BandNews TV e pela Band, descartando a chance de sucesso de uma terceira via na corrida presidencial.

"Vai ser uma disputa de rejeição", disse. "Acho que quem tiver maior capacidade de trazer esperança para as pessoas e de mostrar o que aconteceu, o que foi feito e o que pode ser feito é quem vai ganhar essa eleição. E por isso acredito na reeleição do presidente", complementou.

A rejeição a Bolsonaro é um dos maiores entraves para sua campanha. Segundo a última pesquisa Datafolha, feita em dezembro, 60% dos eleitores afirmara não votar nele de jeito nenhum. No caso de Lula, o percentual é de 34%.

O ministro afirma que o repúdio a Bolsonaro hoje é fruto de uma "polarização jamais vista na história". Para ele, o presidente tem se dedicado ao que importa em vez de alimentar um clima de instabilidade por questões que não melhoram a vida da população.

"O país não vai voltar a ter instabilidade como tínhamos naquela época que você citou [em setembro, cinco meses atrás, quando o presidente ameaçou o Supremo Tribunal Federal]. Não temos condição, nós não temos o direito", afirmou.

Perguntado sobre por que mudou de opinião sobre Bolsonaro, já que antes do governo chegou a chamá-lo de fascista, o ministro respondeu que não concordava muito com o deputado Bolsonaro. "Agora, o presidente Bolsonaro que eu conheci não dá para comparar", disse.

"Não tenho dúvida que ali foi um erro, e hoje eu tenho uma avaliação completamente diferente e uma admiração e um orgulho de estar ao lado do presidente nesse momento", afirmou.

Questionado sobre o discurso antivacina de Bolsonaro, o ministro respondeu que o importante são "as ações" e que não há imunizante aplicado no Brasil que não tenha sido comprado pelo governo federal.

O ministro, também presidente do PP —uma das principais siglas do centrão—, disse que o partido não vai autorizar seus candidatos a apoiarem Lula, mas que estará liberada a parceria com aliados do petista.

Ele criticou a era petista em diferentes trechos da entrevista e chegou a atacar indicações políticas em estatais, apesar de seu partido ter sido aliado na época e de ter apadrinhado dirigentes na própria Petrobras que viraram alvo da Operação Lava Jato –como Paulo Roberto Costa.

Ciro disse que na época das eleições a rejeição ao PT vai ser maior. "Deixa o Lula aparecer com quem vai governar", disse.

Folha de S. Paulo

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