1 de junho de 2022 às 14:22
Não tem caído bem as notícias segundo as quais Rogério Marinho e Carlos Eduardo Alves travam uma disputa para o Senado que não está configurada como ex-prefeito de Natal imaginava.
A despeito da tentativa pública de questionar os números divulgados pelas pesquisas, internamente, o clima é de apreensão. Ela atingiu patamares um pouco mais agudos depois da pesquisa Brasmarket/Blog do BG, onde Marinho marcou 22,9% contra 21,2% de Carlos Eduardo.
Antes disso, a pesquisa Item chegou à praça em 23 de maio contando que Marinho estava com 14,7% contra 13,4% de Carlos Eduardo Alves. A Brâmane teve outra liderança para Marinho.
Nesse meio tempo, Carlos liderou a Seta e a Exatus. Aí que mora o perigo, pois num recente passado, o ex-prefeito de Natal liderava todos os levantamentos quando testado contra Marinho.
O que preocupa especificamente a campanha de Alves é reconhecer que algo se move. Não pelo que dizem as pesquisas registradas e publicadas, mas especialmente pelo que estão falando os levantamentos que não chegam ao público. E eles apontam o fim da preferência do ex-prefeito de Natal.
As pesquisas indicam que a eleição que se pensava fácil está completamente aberta para o Senado, especiamente depois do fator Rafael Motta.
Quando saiu de seu período sabático no ano passado, três anos após a derrota para Fátima Bezerra em 2018, Carlos Eduardo se deparou com um cenário em que se saía bem tanto na disputa para o governo quanto para o Senado.
Mas à medida que o tempo passou e os nomes foram filtrados no moedor das viabilidades eleitorais, o cenário com que o ex-prefeito de Natal se deparou começou a mudar.
Para citar um exemplo. Em novembro do ano passado, o nome de Carlos Eduardo tinha ampla diferença sobre Rogério Marinho. As pesquisas chegavam a médias de 18 x 8 para o ex-prefeito de Natal.
Sutilmente, diante das mudanças, a estratégia da campanha de Carlos Eduardo vai se modificar. O clima de parceria com a esquerda cederá espaço para uma campanha centrada em descontruir o ex-ministro de Bolsonaro.
Para quem está chegando agora na conversa, convém que se saiba que desconstrução é adotada quando se precisa frear o crescimento de um adversário. Quem lidera só precisa se vender. Quem está perdendo precisa atacar.
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