7 de julho de 2022 às 8:38
A realidade de alta inflação, com o acumulado nos últimos 12 meses acima de dois dígitos, taxa elevada de desemprego e crise econômica levam o país a contar com uma fatia considerável de brasileiros endividados. O cenário afeta o bolso, mas também a saúde, apontam estudos.
E os impactos vão muito além dos já conhecidos, como aumento de ansiedade e depressão, sendo associados também a um risco maior para doenças cardiovasculares e a um sistema imunológico enfraquecido para combater infecções, alertam especialistas.
De acordo com uma pesquisa realizada pela International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR), para 78% dos brasileiros a incerteza financeira é a principal causa de preocupação. Especialistas ouvidos pelo GLOBO explicam que esse estado de alerta permanente promove um quadro de estresse crônico que, consequentemente, provoca uma liberação constante de hormônios.
— São hormônios que respondem ao estresse físico, sendo liberados durante exercícios, por exemplo, mas que também respondem ao estresse psíquico, como é o caso do endividamento. É o caso da adrenalina, do cortisol e seus derivados, que aumentam a frequência cardíaca e a pressão arterial — explica a endocrinologista Ana Carolina Nader, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Rio de Janeiro (SBEM - RJ).
Esse desequilíbrio na circulação causado pelos hormônios leva o risco para doenças cardiovasculares, e até mesmo de morte, a ser quase o dobro para adultos sem uma renda extra, mostrou um estudo conduzido por pesquisadores suecos, publicado na revista científica BMC Public Health.
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O GLOBO
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