Blog do Dina - Brasil perde posição para Nigéria e deve se tornar 7º mais populoso do mundo


Brasil perde posição para Nigéria e deve se tornar 7º mais populoso do mundo

11 de julho de 2022 às 12:47

O Brasil deve abandonar em breve o posto de sexta nação mais populosa do mundo. Com crescimento acelerado, a Nigéria passará o país ainda este ano, desbancando-o para a sétima posição, de acordo com projeções de relatório da ONU publicado nesta segunda (11).

Calcula-se que o país chegue ao final desse ano com 215,3 milhões de habitantes. Já a nação da costa oeste da África alcançará 218,5 milhões. Chama atenção o ritmo de crescimento nigeriano, que há 50 anos tinha população equivalente a 60% a do Brasil no mesmo período.

Os números compõem o relatório World Population Prospects, cuja edição deste ano traz estimativas inéditas que levam em conta a pandemia de Covid. Para o Brasil, o documento ajuda a preencher uma lacuna de dados deixada pela ausência do Censo Demográfico, adiado por dois anos consecutivos —a última edição é a de 2010.​

O Brasil deve atingir seu pico populacional em 2046, com 231,1 milhões de habitantes e, então, entrar em decréscimo, chegando ao final do século com cerca de 184,5 milhões —14% a menos do que tem hoje.

Assim, o país chega em 2100 fora da lista dos dez mais populosos do mundo —deverá estar na 11ª posição, seguido pelo arquipélago das Filipinas. Até lá, será desbancado por República Democrática do Congo, Estados Unidos, Etiópia, Indonésia, Tanzânia e Egito.​

Consequência da crise sanitária, o país assistiu à diminuição da expectativa de vida, fenômeno que ocorreu em todo o mundo. No Brasil, porém, a queda foi maior. De 75,3 anos em 2019, a expectativa para os brasileiros foi a 72,8 no ano passado (queda de 2,5 anos). Globalmente, a queda média foi de 1,8 ano (de 72,8, foi para 71 anos).

Assim como no mundo, porém, o número tende a ser recuperado —no caso brasileiro, já a partir de 2023. As projeções, aliás, mostram que o país pode chegar a 2050 com uma expectativa de 81,3 anos. Cem anos antes, em 1950, quando o monitoramento passou a ser feito, calculava-se que o brasileiro viveria, em média, 48 anos.

Folha de S. Paulo

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