14 de julho de 2022 às 8:33
Quase dois anos e meio desde o início da pandemia do novo coronavírus, surge a variante mais infecciosa e transmissível até agora.
Sucessivas ondas de Covid-19 causaram a morte de milhões de pessoas, sendo as vacinas a única ajuda para reduzir esse impacto.
Agora, o vírus está se espalhando novamente: evoluindo, driblando a imunidade e aumentando o número de casos e internações. A versão mais recente de sua mutação, a BA.5, é um sinal claro de que a pandemia está longe de acabar.
A mais nova linhagem da Ômicron, juntamente com uma variante próxima, a BA.4, estão gerando um aumento global de casos: 30% na última quinzena, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Na Europa, as subvariantes da Ômicron estão provocando um pico de casos de cerca de 25%, embora o doutor Michael Ryan, diretor-executivo do Programa de Emergências em Saúde da OMS, tenha dito que esse número possa, na verdade, ser ainda maior, dado o “quase desaparecimento dos testes”.
A BA.5 está em expansão na China, aumentando o temor de que as principais cidades possam em breve retomar medidas rígidas de confinamento que foram recentemente flexibilizadas.
Essa mesma variante se tornou a cepa dominante nos Estados Unidos, onde foi responsável por 65% das novas infecções na semana passada, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês).
“Temos observado esse vírus evoluir rapidamente, e também temos nos planejado e nos preparado para este momento. A mensagem que quero passar para povo norte-americano é a seguinte: a BA.5 é algo que estamos monitorando de perto e, o mais importante, sabemos como manejá-la”, disse o doutor Ashish Jha, coordenador de resposta à Covid- 19 na Casa Branca, em uma coletiva de imprensa na terça-feira (12).
No mesmo dia, o Comitê de Emergência da OMS disse que a Covid-19 continua uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional — o maior nível de alerta, declarado pela primeira vez em 20 de janeiro de 2020 — em meio ao aumento de casos, mutações virais contínuas e a pressão crescente sobre os sistemas de saúde, já sobrecarregados.
Em comunicado, o comitê composto por especialistas independentes destacou os desafios para a atual resposta global à Covid-19, incluindo a redução nos testes e a irregularidade no sequenciamento do genoma, levantando dúvidas sobre a capacidade de qualquer país de monitorar a BA.5 com precisão.
Segundo epidemiologistas, os dados oficiais subestimam drasticamente o verdadeiro número de infecções nos EUA, deixando o país com um ponto cego enquanto a variante mais transmissível do coronavírus até agora ganha força.
Alguns especialistas acreditam que pode haver até um milhão de novas infecções diárias na população mais ampla dos EUA — número 10 vezes maior do que a contagem oficial.
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CNN Brasil
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