1 de setembro de 2022 às 20:38
O município de Macaíba está no centro de uma questão que pode definir se ele terá desenvolvimento ou não nos próximos anos. No centro da questão, a implantação de um aterro sanitário. De um lado, a empresa que quer instalá-lo alega que haverá geração de empregos, por exemplo.
Mas do outro lado, entidades como a Fiern, Inframérica e sociedade civil organizada se opõem com veemência porque o saldo final, alega, é mais negativo do que positivo do ponto de vista econômico, social e ambiental.
Uma audiência pública sobre o tema foi realizada nessa quarta-feira na Câmara de Vereadores de Macaíba e reuniu forte oposição ao projeto da empresa Revita Engenharia.
As principais intervenções apontaram falhas como a possibilidade de impactos irreversíveis nas comunidades e condomínios próximos, com odor, contaminação, aves, tráfego de caminhões, impacto visual etc.
Já a Fiern e a Inframerica ponderam que o local escolhido para o aterro confronta totalmente com o aeroporto de São Gonçalo do Amarante e inviabiliza o projeto da zona de processamento de exportação para a região de Macaíba.
"Além disso, temos ainda uma questão: a região metropolitana de Natal tem dois aterros, com um que acabou de ser inaugurado e não está operando nem com metade de sua ocupação no município de Vera Cruz em região fronteiriça com Macaíba", critou o vereador Higo Targino.
Para o vereador Luizinho, a prefeitura de Macaíba foi irresponsável na medida em que concedeu o uso e ocupação do solo para a implantação do aterro sem considerar os impactos nas comunidades afetadas pelo empreendimento.
O mercado imobiliário na região de Macaíba é um dos que deve ser fortemente afetado. A cena bucólica da região já atraiu empreendimentos como a Fazenda Real e a Lagoa Do Mato.
A proposta de um aterro sanitário no coração de uma área nobre significaria empregos gerados no aterro, mas do outro lado, há uma cadeia econômica que é mais afetada do que beneficiada.
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