17 de março de 2023 às 14:40
Durante a coletiva da Secretaria de Segurança Pública do RN, na manhã desta sexta-feira, um dos questionamentos feitos pelo Blog do Dina aos investigadores foi sobre quem poderia ser apontado como o "Marcola" do Sindicato do RN, facção que orquestra os ataques no estado desde o início da semana.
A resposta dos responsáveis é de que não há apenas uma liderança. Eles acreditam que até mesmo no caso de Marcola, apontado como chefe do PCC, facção rival do Sindicato do Crime no RN, não é possível atribuir uma liderança única.
Para os investigadores, o mesmo se aplica ao Sindicato no estado. Ele tem hierarquias, com base, meio e topo.
E esse topo seria composto de vários líderes. Assim, a facção garante que o sistema não fique à mercê de apenas uma pessoa ou duas ou três.
É o crime organizado em sua essência.
Operação Normandia
Nesta sexta, as forças de segurança do estado realizaram a Operação Normandia e prenderam 18 suspeitos de assaltos, tráfico de drogas e mortes de policiais no RN.
Segundo as investigações, a organização movimentava aproximadamente R$ 150 mil por mês com tráfico e assaltos. O dinheiro era repassado para José Kemps Pereira de Araújo (Alicate). Ele é apontado como um dos chefes da facção.
Além dele, a Polícia Civil identificou outros três líderes da organização criminosa.
Judson Bezerra Araújo Batista, o "Bebezão", que também teria ordenado os ataques no RN, mesmo dentro de um presídio em Salvador. Ele foi transferido para uma unidade de segurança máxima nessa quinta-feira.
O segundo foi Igor Rodrigo de Oliveira Cavalcanti Coelho, o "Igor Latrô", e Erick Silva de Santana, o "Neymar do Morro", ambos presos na Paraíba. Os dois últimos foram colados em isolamento.