Blog do Dina - Porteiro é demitido após passar mal durante o serviço; veja o que revelou a empresa sobre o caso


Porteiro é demitido após passar mal durante o serviço; veja o que revelou a empresa sobre o caso

5 de abril de 2023 às 10:02

Um porteiro foi desligado de seu serviço, em prédio em Nova Parnamirim, após passar mal e ser socorrido com fortes dores no peito. A demissão gerou revolta entre moradores do condomínio, mas a empresa envolvida no episódio defende que deu ao porteiro a oportunidade de se manter no emprego, mas ele não a quis.

O caso aconteceu a partir do fim de março, quando um dos porteiros noturnos do condomíno Atmosfera, de nome Adeilson, 38 anos, passou mal no meio da madrugada. Ele achou se tratar de infarto. Na UPA de Cidade Satélite, o diagnóstico foi angina, um quadro que antecede o infarto.

Dois dias depois, Adeilson, narrou ao blog um morador do condomínio, estava de volta ao serviço e voltou a ter dores. Foi quando a esposa do porteiro comunicou à empresa que o quadro de saúde de Adeilson não melhorara.

Dois dias depois Adeilson foi desligado da empresa, a Atlas Serviço. Adeilson foi procurado para comentar a matéria mas preferiu não se manifestar.

"Como caiu mal esse desligamento aqui no condomínio, porque a gente passou a questionar, o porteiro foi readmitido. Aí passaram alguns dias e ele foi demitido de vez. A empresa não quer o que acha uma bomba-relógio nos quadros dela", descreveu ao blog um morador do Atmosfera.

Segundo apurou o Blog do Dina, a Atlas Serviço sugeriu que Adeilson se tratasse e, quando melhorasse, poderia ser readmitido nos quadros da empresa.

Outro lado

Essa sugestão, aliás, foi confirmada por Ângelo Sousa, da Atlas Serviço, ao Blog do Dina. Mas ele acrescentou alguns elementos ao enredo.

"Adeilson passou mal por estresse. E sabe por quê? Porque ele trabalhava de porteiro durante a noite e de uber durante o dia. Ele largava às 6h da manhã, dormia duas ou três horas e começava outra jornada. A gente não demitiu ele porque ele passou mal. A gente desligou porque ele não aceitou nossa proposta, que era a de trabalhar como porteiro durante o dia", explicou Ângelo.

Segundo descreveu ao blog, ele sugeriu colocar Adeilson de dia por medida de segurança.

"Quando ele passou mal de madrugada, foi sorte ter sido socorrido. De dia, achamos mais seguro, com movimento no condomínio. Mas ele não aceitou trabalhar de dia, presumo que por causa do outro serviço. Então, nós concluímos o contrato de trabalho dele. Não renovamos. Mantivemos as portas abertas, mas para ele trabalhar de dia", explicou Angelo.