17 de abril de 2023 às 20:35
A Marquise, uma das empresas que realiza a coleta de resíduos de Natal, pediu no CADE, o órgão antitruste do Brasil, autorização para comprar o aterro sanitário de Ceará-Mirim, que pertence a Braseco e foi criado para receber o lixo de Natal.
A transação envolve cifras milionárias e precisou da autorização do CADE pelo potencial de prejudicar o mercado. O CADE avalia contextos macrorregionais. Para ele, a transação não afeta o mercado nacional.
Já para Natal, se consumada, a transação fará da Marquise a detentora de significativa fatia da operação de lixo. Hoje, a Marquise apenas coleta o lixo. Com a compra ela coletará e fará tratamento e destinação final.
Os valores da transação são mantidos em segredo nos documentos do CADE ao qual o Blog do Dina teve acesso. Os mesmos papeis revelam que o faturamento do grupo Marquise foi de R$ 750 milhões no ano passado.
A Braseco S/A foi a empresa constituída para construir e operacionalizar a concessão pública do aterro sanitário de Natal, localizado na região metropolitana, em Ceará-Mirim.
A operação iniciou em 2004 e, em 2014 a concessão foi renovada, sem licitação, por mais 10 anos. Não houve, porém, redução da tarifa paga pelo município a Braseco, coisa prevista 10 anos.
Atualmente, Natal gasta em média R$ 30 milhões por ano apenas com o tratamento dos resíduos.
