21 de junho de 2023 às 13:49
O advogado Cristiano Zanin, indicado de Lula para ministro do STF, é sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
Ele defendeu Lula na Lava Jato, o que acalorou o embate com o senador Sérgio Moro, juiz da operação.
Em um dos questionamentos, Moro mandou um "vi na internet" e perguntou se Zanin tinha sido padrinho de casamento de Lula. O advogado negou. No entanto, admitiu uma relação próxima com Lula.
Ele ainda disse que, se for aprovado, "não ficará subordinado a quem quer que seja".
Moro questionou se Zanin se declararia impedido para julgar processos da Lava Jato nos quais atuou como advogado.
Zanin afirmou que não pretende se declarar impedido apenas por causa da "etiqueta" da Lava Jato. Segundo ele, "questões futuras, processos futuros, evidentemente é necessário analisar os autos, quem são as partes e o conteúdo".
A regulação da imprensa também foi questionada por Moro. Zanin disse que defende a liberdade de imprensa. "O estado não pode adotar a regra do vale tudo. O estado tem um poder enorme e esse poder deve ser contido sempre que usado fora do que prevê a lei ou usado com abuso", afirmou.
O ex-juiz da Lava Jato também perguntou sobre o posicionamento com relação à exclusão de provas ilícitas de processos. A resposta que ouviu foi que há correntes favoráveis e contrárias, e que "prevalece" a primeira.
Nas redes sociais, a sabatina está entre os assuntos mais comentados e repercutidos. Como sempre aconteceu, os extremos se degladiam em comentários, muitas vezes sem pé nem cabeça.
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