22 de junho de 2023 às 15:05
O primeiro dia do julgamento que pode deixar Bolsonaro inelegível foi encerrado com o Ministério Público Eleitoral pedindo a inelegibilidade do ex-presidente.
O ministro Alexandre de Moraes marcou para a próxima terça a continuidade. A sessão será aberta com a leitura do voto do relator ministro Benedito Gonçalves.
Nesta quinta, a sessão foi aberta com a leitura do relatório elaborado por Gonçalves. O documento com 43 páginas funciona como um resumo do caso.
Após essa etapa, que durou cerca de 2 horas, foi a vez do PDT se pronunciar. Foi o partido que ingressou com a ação. O advogado Walber Agra afirmou que Bolsonaro fez "ataque à democracia".
Em seguida, foi a vez da defesa de Bolsonaro. O advogado Tarcísio Vieira de Carvalho rejeitou a ideia de que o encontro com os estrangeiros tenha resultado nos ataques golpistas de 8 de janeiro e a inclusão posterior de fatos à ação, como a chamada "minuta do golpe", apesar de admitir que o ex-presidente utilizou tom "inadequado" com os embaixadores.
Por fim, o Ministério Público Eleitoral pediu a inelegibilidade do ex-presidente pelo próximos 8 anos, considerando que houve abuso de poder.
Segundo vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, ”estão estampados” elementos que justificam afastar Bolsonaro das eleições, como desvio de finalidade, busca de vantagem na disputa eleitoral de 2022, além da gravidade da conduta.
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