23 de junho de 2023 às 17:20
Visto com desconfiança pela base petista ao ingressar na chapa presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, no ano passado, Geraldo Alckmin se tornou o vice-presidente que mais assumiu a Presidência da República no início de mandato desde a redemocratização.
Com o giro internacional do titular, ele vai chegar ao fim do mês com 31 dias no posto, apenas um dia a menos que o vice de Jair Bolsonaro, Hamilton Mourão, ao longo de todo o primeiro ano do governo passado.
Na comparação com os outros ocupantes do posto, quem chega mais perto é José de Alencar — vice de Lula nos primeiros dois mandatos. Alencar ocupou a Presidência por 27 dias no primeiro semestre do segundo mandato do petista, em 2007.
Longe de ser um "vice decorativo", Alckmin tem usado a caneta de titular para tomar decisões importantes, como a prorrogação do prazo para que pessoas físicas possam adquirir carros com descontos. Na quinta-feira, diante da decisão do Banco Central de manter a taxa de juros em 13,75%, convocou uma entrevista coletiva e criticou o patamar, chamado por ele de “desnecessariamente elevada”.
O peso político do cargo também tem servido para turbinar os quadros do PSB, principalmente atraindo prefeitos de São Paulo — no sábado passado, esteve em Barueri na cerimônia de filiação do prefeito Rubens Furlan, que deixou o PSDB.
Nos últimos dias, recebeu deputados e dirigentes partidários em seu gabinete para discutir eleições municipais. Uma das metas do PSB é ter candidatos próprios em quase todas as cidades da Região Metropolitana de São Paulo.
O GLOBO
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