23 de agosto de 2023 às 16:13
A Rússia afirmou que dez pessoas morreram depois que um jato executivo caiu perto de Moscou nesta quarta-feira (23). O nome do líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, aparece na lista de passageiros, mas não se sabe se ele realmente embarcou. A informação foi inicialmente publicada pela agência Tass, ligada ao governo russo.
A bordo, estavam sete passageiros e três membros da tripulação. Até a última atualização desta reportagem, oito corpos haviam sido encontrados no local da queda, nenhum com identificação, de acordo com outra agência russa, a RIA. A operação de resgate também não havia sido concluída.
Fabricada pela Embraer, a aeronave tinha como destino São Petesburgo.
A agência de notícias Associated Press analisou dados de rastreamento de um jato particular registrado no nome do Grupo Wagner, formado mercenários e ex-soldados de elite altamente qualificados chefiados por Prigozhin, oligarca ligado ao Kremlin. O avião decolou da região de Moscou, e o sinal desapareceu minutos depois, em uma região rural.
Em uma imagem de destroços em chamas postada por uma conta pró-Grupo Wagner no Telegram, é possível ver parte da numeração na fuselagem. As informações correspondem às do jato do Wagner identificadas pela Associated Press.
RA-02795 was shot down by anti-aircraft fire and is known to be registered to the Wagner Group. Latest reports say there were 7 people on board. pic.twitter.com/LOAPl0AIiB
— Breaking Aviation News & Videos (@aviationbrk) August 23, 2023
Prigozhin, de 62 anos, lidera um exército que atuou em diversas guerras, inclusive na atual invasão do território ucraniano pela Rússia. Linha auxiliar da Rússia, o Wagner liderou as forças russas no ataque à cidade de Bakhmut, a batalha mais longa e sangrenta da guerra até agora.
Em junho, no entanto o Wagner entrou em campanha para destituir o ministro de Defesa russo, num desentendimento que se intensificou após Prigozhin acusar o governo russo de promover um ataque contra acampamentos da organização.
Os integrantes do Wagner assumiram o controle da cidade de Rostov-on-Don, no sul da Rússia, e derrubaram vários helicópteros militares russos. Os mercenários chegaram a avançar em direção a Moscou, ação considerada "traição" pelo presidente Vladimir Putin.
A revolta terminou com um acordo no qual o governo russo afirmou que, para evitar derramamento de sangue, Prigozhin e alguns de seus combatentes deveriam seguir em direção a Belarus. Se isso ocorresse, o líder não seria processado por rebelião armada.
Nesta segunda-feira (21), Prighozin publicou no Telegram um vídeo em que ele aparecia na África. Foi o primeiro vídeo que divulgado por ele desde que ocorreram os desentendimentos com o exército russo.
g1
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