Blog do Dina - Os Bastidores da Violência: A Mão dos Dirigentes de ABC e América na Crise de Violência Neste Sábado em Natal


Os Bastidores da Violência: A Mão dos Dirigentes de ABC e América na Crise de Violência Neste Sábado em Natal

25 de novembro de 2023 às 12:15

 

Eu ja estava com o dedo pronto para a crítica que seria fácil sobre ataques à sede do América, A METROS DO COMANDO DA PM. Decidi fazer antes uma ligação para o promotor Luiz Eduardo Marinho. O que ele me explicou me permite dizer: dirigentes do ABC e América são promotores diteto do que está acontecendo em Natal.

O futebol, há muito tempo, ultrapassou a linha das quatro linhas e se tornou um espelho da sociedade. O que acontece em Natal em torno da partida entre ABC e Vila Nova é um reflexo disso, mas com um componente mais sombrio: a negligência e irresponsabilidade dos dirigentes de ABC e América, que contribuíram para um cenário de violência urbana.

Vamos aos fatos: a Polícia Militar foi apenas informada, sem qualquer consulta prévia ou planejamento de segurança, sobre a venda de quase 30% dos ingressos do Frasqueirão ao Vila Nova. Tradicionalmente, apenas 10% são destinados aos visitantes, e isso sempre acompanhado de um esquema de segurança bem articulado, definido antes com a polícia.

Mas não parou por aí. A sede do América foi cedida para que os torcedores do Vila Nova se reunissem antes do jogo. Esta decisão, tomada sem qualquer preocupação com as consequências, pavimentou o caminho para a violência que se seguiu, com bandidos disfarçados de torcedores do ABC indo lá fazendo as cenas que vimos hoje.

Homens armados, com capacetes, invadiram a sede do América, soltaram bombas, rojões, e aterrorizaram a vizinhança. Testemunhas relataram tiros e explosões. Veículos foram depredados. O terror se instalou no coração de Tirol. E a polícia? Bem, a polícia estava sendo acionada para apagar um fogo que nunca deveria ter sido ateado.

Os dirigentes de ABC e América, com suas decisões imprudentes e sua falta de diálogo com as autoridades de segurança, têm uma parcela considerável de culpa no que ocorreu. Eles promoveram, talvez inadvertidamente, um ambiente de criminalidade.

Este não é apenas um incidente isolado. É um sintoma de uma gestão esportiva que ignora a realidade das ruas, as dinâmicas das torcidas e a segurança do público. É hora de responsabilizar essas figuras não só pelo que acontece dentro dos campos, mas também pelo impacto de suas ações na sociedade.

No futebol, como na vida, cada escolha tem uma consequência. E as escolhas feitas por ABC e América tiveram consequências devastadoras. Não podemos permitir que isso se torne a norma. O futebol deve ser um espaço de alegria e paixão, não de medo e violência.

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