Blog do Dina - Uma Epidemia Silenciosa: Quase 90% dos Brasileiros Já Foram Vítimas de Fake News


Uma Epidemia Silenciosa: Quase 90% dos Brasileiros Já Foram Vítimas de Fake News

1 de abril de 2024 às 16:09

No Brasil, a batalha contra as notícias falsas ganha contornos preocupantes e reveladores. Uma pesquisa recente conduzida pelo Instituto Locomotiva e compartilhada em exclusividade com a Agência Brasil, traz dados alarmantes que nos fazem refletir sobre a amplitude deste fenômeno. Quase 90% da população brasileira admite ter sido enganada por conteúdos falsos, um indicativo de que a desinformação não escolhe suas vítimas.

A pesquisa mostra que, apesar de uma grande parcela da população (62%) confiar em sua capacidade de discernir entre o que é falso e verdadeiro, a realidade demonstra que a desinformação afeta a todos. As áreas mais impactadas incluem desde a venda de produtos até propostas de campanhas eleitorais, políticas públicas como vacinação e escândalos políticos, demonstrando a vastidão de terrenos férteis para as fake news.

Além disso, a pesquisa ilumina o papel nefasto da tecnologia na disseminação dessas informações, com 65% dos entrevistados apontando o dedo para o uso de robôs e inteligência artificial. A conscientização sobre grupos e indivíduos que se dedicam a produzir e espalhar desinformação é alta, evidenciando um reconhecimento do problema, mas também a complexidade em combatê-lo.

Os riscos associados à desinformação vão desde a eleição de maus políticos até ataques à reputação e segurança das pessoas, destacando a importância de ações concretas para mitigar esses perigos. A pesquisa revela ainda uma reação emocional significativa entre os afetados por notícias falsas, que relatam sentimentos de ingenuidade, raiva e vergonha.

Diante deste cenário desafiador, Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva, propõe uma estratégia de combate que passa pela educação midiática e a verificação rigorosa das fontes. Esta abordagem não só visa desmantelar a infraestrutura existente da desinformação, mas também fortalecer a capacidade crítica do público em geral, garantindo que informações precisas e confiáveis sejam a norma, não a exceção.

Acreditamos, assim como destacado pela Agência Brasil, na importância de ações educativas e na promoção de uma comunicação transparente como pilares para uma sociedade mais informada e menos susceptível às armadilhas das notícias falsas. Este é um desafio que requer o envolvimento de todos, desde instituições públicas até cada cidadão, na busca por um diálogo mais honesto e uma informação de qualidade.

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