6 de maio de 2024 às 12:34
Na madrugada de 12 de março de 2022, uma chamada desesperada ao Centro Integrado de Operações de Segurança deu início a uma investigação que hoje se desdobra em complexas teorias e questionamentos. Trata-se do caso Yago, o estudante de Medicina que teria caído do oitavo andar do prédio onde morava com a mãe, em uma noite onde estava acompanhado de dois amigos.
O que inicialmente foi registrado como suicídio, agora é contestado por novas evidências apresentadas por uma perícia particular contratada pela família e realizada pelo perito particular Kleber Amorim, que detalhará tudo em uma live no YouTube, às 21h do próximo dia 15 de maio.
Para Kleber Amorim, que já atuou no Tribunal de Justiça de Pernambuco, diretor do Instituto Particular de Perícia Científica de Pernambuco (IPPC) e vice-presidente da Associação dos Profissionais de Necrópsia do Nordeste (ASPNEC), Yago Fernandes certamente foi assassinado.
Relembre o caso: O caso Yago Matteus: como a morte de um estudante de medicina da UFRN foi potencializada por 'cogumelo mágico', e os caminhos tomados pela investigação
1. O Incidente:
Naquela fatídica madrugada, Pedro Confessor, amigo de Yago Mattheus Fernandes Santa Rita, ligou para o serviço de emergência relatando primeiro um acidente envolvendo cogumelos alucinógenos e depois, chocantemente, um suicídio. Yago teria saltado do 8º andar do Residencial Sirius, em um estado alterado de consciência devido ao consumo da substância.
2. Investigação Inicial da Polícia:
Imediatamente após o incidente, a Polícia Civil do Rio Grande do Norte iniciou uma investigação considerando três possibilidades: suicídio, suicídio assistido e homicídio. A conclusão preliminar, apoiada por depoimentos e análises toxicológicas que encontraram psilocina no sistema de Yago, indicava que, sob influência da droga, ele teria agido impulsivamente, resultando em sua morte.
3. A Perícia Particular e Novos Questionamentos:
Desconfiada das circunstâncias da morte de Yago, sua família contratou um perito particular, Dr. Kleber Amorim, que apresentou uma análise contraditória. Segundo ele:
Tempo de morte: As manchas hipostáticas indicaram que Yago poderia ter morrido até uma hora antes do relatado oficialmente, sugerindo discrepâncias temporais entre o incidente e a chegada dos peritos.
Lesões Corporais: Foram identificadas múltiplas lesões em Yago que poderiam indicar uma luta, incluindo equimoses e traumas compatíveis com defesa contra estrangulamento e agressão física.
Posição do Corpo: A análise do local onde o corpo foi encontrado sugere que ele pode ter sido movido após a morte, desafiando a teoria de que Yago se jogou do prédio.
4. Implicações Legais e Continuação das Investigações:
Essas novas evidências trouxeram o caso de volta à atenção das autoridades. Com a família de Yago levantando sérias dúvidas sobre a natureza de sua morte, o caso pode ser encaminhado para o Tribunal do Júri se considerado homicídio.
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