6 de maio de 2024 às 7:50
No último sábado, as areias de Copacabana foram palco para o maior show da carreira de Madonna. Enquanto isso, uma tragédia se desenrolava no Rio Grande do Sul, com enchentes deixando mortos e desaparecidos. Mas nas redes sociais, o foco parecia outro.
No sul do país, as perdas eram incalculáveis. As enchentes devastaram vidas e propriedades, um cenário de desolação e dor. Apesar disso, a atenção de muitos estava voltada para longe da tragédia.
Alguns fãs de Madonna usaram as redes para provocar conservadores. Alegavam que a irritação destes com o show só aumentava a satisfação em celebrar. Uma clara provocação que destilava divisão.
Do outro lado, conservadores clamavam pelo cancelamento do show. Argumentavam que era insensível festejar enquanto tantos sofriam no sul. Pediam sensibilidade e respeito pelas vítimas.
Por que a energia gasta em provocar o adversário não é usada em apoio às causas proclamadas? Se dizem amar uma causa, por que a prioridade parece ser atacar o outro lado
A polarização está tornando as pessoas cegas para o que afirmam defender. O ódio parece prevalecer sobre o amor declarado. Se realmente amassem suas causas, não estariam tentando destruir o oposto.
Este cenário levanta uma questão perturbadora. Estamos realmente interessados em promover o bem ou apenas em derrotar nossos "inimigos"? O que isso revela sobre nosso comprometimento com as causas que dizemos valorizar?
O que esses eventos mostram é uma sociedade dividida, onde provocar parece mais importante do que ajudar. É uma reflexão dura, mas necessária. Precisamos decidir se nosso interesse é pela causa ou pelo conflito.
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