3 de junho de 2024 às 11:25
Nos últimos dias, a praia de Pititinga, em Rio do Fogo, tem sido cenário de uma situação preocupante: o encalhe em massa de 21 baleias-piloto. O Projeto Cetáceos Costa Branca (PCCB-UERN) está na linha de frente dessa operação de resgate, que ainda conta com 16 animais vivos. Enquanto muitos já ouviram falar sobre o encalhe, o Blog do Dina traz informações exclusivas que ajudam a entender o que está acontecendo de verdade.
📳ESSE MATERIAL CHEGOU PRIMEIRO À COMUNIDADE DO BLOG NO WHATSAPP. SEJA PARTE DELA CLICANDO AQUI.
Daniel Solon, coordenador técnico executivo do PCCB-UERN, revelou detalhes cruciais sobre a causa provável desse encalhe. Segundo ele, necrópsias realizadas em cinco das baleias encalhadas apontaram para um parasitismo avançado no aparato acústico dos animais. Esse parasitismo pode ter desorientado os líderes do grupo, fazendo com que todos encalhassem. “Os animais podem ter encalhado, provavelmente, devido ao parasitismo muito avançado, muito intenso no aparato acústico desses animais”, explica Solon.
Além disso, Vinícius Santana, biólogo do PCCB-UERN e do CEMAM (Centro de Estudos e Monitoramento Ambiental), relatou que os animais estão exibindo comportamentos incomuns de sinais de pneumonia e estômago vazio, sugerindo que não estão se alimentando. “A imunidade baixa e o agravamento do parasitismo estão desencadeando esses problemas. Estamos coletando amostras biológicas para entender melhor a situação,” disse.
Esse parasitismo não é um problema isolado. Casos anteriores de encalhe em massa também mostraram contaminação por mercúrio, um metal pesado que pode estar ligado ao uso inadequado do ambiente marinho pelo ser humano. “Os animais apresentaram contaminação por mercúrio. Isso pode ter ligação direta e indireta com o mau uso do ser humano do ambiente marinho”, destaca Solon.
A equipe do PCCB-UERN está empenhada em salvar os animais remanescentes, tentando movê-los para águas mais profundas. No entanto, a luta continua, e a situação é crítica. Além do impacto direto no grupo de baleias, há uma preocupação ambiental mais ampla. A perda de um número significativo de baleias-piloto é um golpe para a biodiversidade marinha e traz à tona a necessidade de refletir sobre nossas ações em relação ao meio ambiente.
Enquanto as operações de resgate prosseguem, é fundamental que entendamos as causas profundas deste encalhe. As baleias que já morreram podem fornecer informações valiosas sobre a relação entre parasitismo, contaminação ambiental e os impactos das atividades humanas.
O Blog do Dina continuará acompanhando esta história de perto, trazendo atualizações e novas informações à medida que surgirem. Fique ligado para saber mais sobre os desdobramentos dessa operação e as descobertas que podem ajudar a evitar futuras tragédias marinhas.
Comentários [1]
São sinais, e com certeza ainda há muitos por vir. O planeta Terra está doente.
Responder comentários: 0
Deixe um comentário