7 de junho de 2024 às 16:27
Especialistas e entidades representativas dos setores produtivos alertam que a nova medida do governo federal, que altera a sistemática do PIS/Cofins, pode prejudicar o planejamento tributário, esgotar o caixa das empresas e elevar os preços ao consumidor.
Detalhes da Medida
Proposta pelo Ministério da Fazenda, a medida visa compensar as perdas que a União terá com a desoneração da folha de pagamento de 17 setores e pequenos municípios neste ano. A proposta limita a compensação de créditos de PIS/Cofins, o que impacta diretamente o fluxo de caixa das empresas.
Impacto nas Empresas
Mário Sérgio Telles, superintendente de economia da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), afirmou que a utilização dos créditos de PIS/Cofins já fazia parte do planejamento financeiro das empresas. Sem essa possibilidade, os empresários terão que buscar outras fontes de recursos para pagar impostos, o que pode incluir recorrer ao sistema financeiro.
"Assim, as empresas terão até que recorrer ao sistema financeiro para obter recursos. Falar em aumento de preço é possível. Sempre que temos aumento de custo, a depender do mercado, as empresas podem passar para o preço, visto que correm risco de não ter lucro", disse Telles.
Possíveis Consequências
A restrição ao uso de créditos de PIS/Cofins pode resultar em um aumento de custos para as empresas. Como consequência, é provável que esses custos adicionais sejam repassados aos consumidores, elevando os preços de produtos e serviços.
O Dina Explica
A nova medida arrecadatória do governo federal pretende equilibrar as finanças públicas, mas ao limitar a compensação de créditos de PIS/Cofins, pode gerar um efeito cascata negativo. Empresas com fluxo de caixa afetado podem buscar empréstimos, aumentando suas despesas financeiras, e repassar esses custos aos consumidores, resultando em aumento de preços.
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