11 de junho de 2024 às 20:03
O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, está envolvido em uma polêmica após a revelação de suas ligações com Robson França, dono de corretoras que intermediaram a venda de 44% do volume de arroz negociado, totalizando 116 mil toneladas, conforme noticiou o Estadão. França foi assessor de Geller durante seu mandato na Câmara dos Deputados, entre 2019 e 2020, e o filho de Geller também é cotista da empresa FG Business, em sociedade com França. Nesta terça-feira (11), Neri Geller pediu exoneração do cargo.
"Hoje pela manhã, o secretário Neri Geller me comunicou, fez ponderações, quando o filho dele estabeleceu sociedade com esta corretora do Mato Grosso, ele não era secretário de Política Agrícola. Não há fato que desabone ou que gere qualquer tipo de suspeita, mas que, de fato, gerou... e por isso colocou o cargo à disposição", relatou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.
Além disso, a situação de Thiago dos Santos, diretor de operações e abastecimento da Conab e ex-assessor de Geller, também está sob avaliação. Como integrante da diretoria-executiva da Conab, Santos só pode ser desligado se renunciar ou for exonerado por decisão do Conselho de Administração da estatal.
O Dina Explica
Este caso destaca a importância da transparência e da integridade nas relações entre o setor público e o privado. As ligações entre o filho de um secretário e um intermediador de grandes volumes de arroz podem levantar questões sobre possíveis conflitos de interesse e a necessidade de medidas rigorosas para evitar qualquer suspeita de má conduta. A renúncia de Geller é uma tentativa de afastar essas suspeitas e preservar a credibilidade do Ministério da Agricultura.
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