14 de junho de 2024 às 15:03
A recuperação da Ponte Presidente Costa e Silva, popularmente conhecida como Ponte de Igapó, está longe de cumprir o cronograma estabelecido. Com metade do prazo prometido já passado, as obras atingiram apenas 34,65% de conclusão, segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Para entregar a obra dentro do prazo de 18 meses, iniciado em 12 de setembro de 2023, os serviços precisarão avançar impressionantes 65,35% nos próximos nove meses. Ah, nada como um cronograma apertado para dar um toque de adrenalina à rotina.
O Dnit insiste que as obras estão dentro do cronograma, embora o bloqueio atual no sentido Igapó/Centro deva durar cerca de 12 meses, seguido por mais seis meses de interdição no sentido contrário. Atualmente, apenas um dos lados da ponte está funcionando em mão dupla, causando transtornos diários no trânsito e aumentando o tempo de deslocamento sobre o rio Potengi. O caos é uma constante, não apenas nos horários de pico.
Obras em Múltiplas Frentes
Na quarta-feira, durante uma visita da reportagem da TRIBUNA DO NORTE, cerca de 30 trabalhadores estavam ativos ao longo da ponte, divididos em grupos de três a seis pessoas. Segundo o Dnit, várias frentes de trabalho estão em execução: recuperação e reforço das estacas de fundação, blocos de coroamento e pilares, recuperação de vigas e do tabuleiro, construção de suportes para suspensão do tabuleiro, troca de aparelhos de apoio, recuperação de dispositivos de segurança (barreiras New Jersey), passeio e guarda-corpo, análise das condições estruturais do tabuleiro e recomposição do revestimento asfáltico.
Desde 8 de janeiro, o tráfego de veículos na Ponte de Igapó, no sentido Centro, foi restrito pelo Dnit. Entre 6h e 8h, apenas transporte público pode circular, forçando veículos de passeio a utilizar a Ponte Newton Navarro, situada a cerca de 9 km de distância. Porque, claro, desviar 9 km é uma solução prática e sem inconvenientes.
Custo e Prazo
Em abril, as obras atingiram a marca de 24%. Segundo o Dnit, o custo total dos serviços será de R$ 20 milhões, e o prazo contratual termina em janeiro de 2025. O avanço tímido das obras até agora torna a meta de concluir 65,35% em nove meses um desafio monumental, mas, aparentemente, nada com um toque de otimismo oficial.
O Dina Explica
A situação na Ponte de Igapó é um exemplo clássico de como a infraestrutura pública no Brasil pode ser uma montanha-russa de prazos e progressos. A necessidade de avançar rapidamente nos próximos meses para cumprir o prazo estabelecido levanta questões sobre a gestão e a eficácia dos projetos de recuperação. A restrição de tráfego e os transtornos diários enfrentados pelos motoristas mostram que, mais uma vez, o planejamento de obras públicas ainda tem um longo caminho a percorrer.
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