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Entenda Como o PCC Esconde Cocaína Em Navios; Mergulhadores Recebem Até R$ 200 Mil

24 de junho de 2024 às 10:30

O Primeiro Comando da Capital (PCC) utiliza técnicas sofisticadas para traficar cocaína para a Europa e África, conforme divulgado pelo Agora RN. Conhecido como "Aquaman" do PCC, um criminoso ligado ao grupo foi preso nesta sexta-feira (21) no Guarujá, Baixada Santista, com aproximadamente 100 quilos de cocaína pura, pronta para ser embarcada em um navio cargueiro no Porto de Santos.

Além da droga, os policiais apreenderam cilindros de oxigênio, roupas de mergulho e sinalizadores marítimos. A suspeita é que o preso atuava como mergulhador a serviço do crime organizado. Ele alegou ser um motorista de aplicativo contratado para transportar a droga, mas a polícia acredita que a profissão servia apenas como fachada.

Os mergulhadores do PCC recebem até R$ 200 mil para esconder a cocaína em compartimentos submersos dos navios, de acordo com a Polícia Civil. Eles utilizam equipamentos especializados para acessar áreas de difícil fiscalização, como a refrigeração dos motores dos navios. Esses compartimentos subaquáticos são difíceis de serem detectados pelas autoridades, o que facilita o tráfico de grandes quantidades de drogas.

Modus Operandi

A operação do PCC envolve vários passos:

  1. Preparação e Transporte: A droga é embalada de forma impermeável. Em casos recentes, traficantes internacionais escondiam tijolos de cocaína em ilhas próximas ao Guarujá. Essas ilhas servem como pontos de armazenamento temporário até a droga ser embarcada.

  2. Embarque ou Recepção: Mergulhadores, como o suspeito preso, transportam a droga das ilhas para os navios em barcos. No caso de recepção da droga vinda de outros lugares, eles utilizam sinalizadores marítimos para indicar onde a carga está, para que outra embarcação retire. A operação é sincronizada com a chegada e saída dos navios do porto, garantindo que a droga seja escondida ou recebida sem levantar suspeitas.

  3. Entrega: A cocaína é escondida em compartimentos submersos dos navios. Esses compartimentos são escolhidos por serem de difícil acesso e menos suscetíveis à fiscalização. A droga segue então para destinos na Europa e África.

O Dina Explica

A operação do PCC para traficar cocaína é um exemplo de como as organizações criminosas evoluem e se adaptam para escapar da fiscalização. O uso de mergulhadores treinados e a escolha de compartimentos submersos nos navios mostram a sofisticação e o planejamento envolvido. Essas estratégias permitem que grandes quantidades de drogas sejam transportadas internacionalmente sem serem detectadas, representando um desafio significativo para as autoridades.

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