20 de junho de 2024 às 10:18
O mandato da deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP) está sendo cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP). A razão? Usar verba pública de campanha eleitoral para uma harmonização facial durante as eleições de 2022. Sim, você leu certo. Aquela grana do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) foi direto para procedimentos estéticos. Ah, o PL e sua moral inabalável!
Claro, a deputada nega qualquer irregularidade e se defende com a velha carta: suas contas de campanha foram aprovadas pela Justiça Eleitoral. Mas vamos aos detalhes sórdidos: a ação aponta que Silvia mandou uma assessora repassar R$ 9 mil para um cirurgião-dentista, em dois pagamentos no dia 29 de agosto daquele ano. Primeiro R$ 2 mil, depois mais R$ 7 mil. Transparência nota 10, não é mesmo?
Quem trouxe a fofoca à tona? A própria assessora, que revelou tudo ao Ministério Público Eleitoral (MPE). Durante a sessão do TRE-AP, os desembargadores assistiram ao depoimento do dentista, que confirmou o recebimento do pagamento pela tal assessora eleitoral da deputada. E para fechar com chave de ouro, o MPE apresentou recibos do procedimento estético feitos pela parlamentar.
A defesa da deputada soltou uma nota dizendo que "soube pela imprensa que seu mandato havia sido ‘cassado’". E que suas contas de campanha já haviam sido aprovadas pelo mesmo tribunal. Bem conveniente, não? Agora, os advogados de Silvia vão ter que "tomar ciência do que de fato foi julgado e tomar as medidas cabíveis".
No fim das contas, fica aquela ironia gostosa: o PL, sempre tão rápido em pregar sobre moral e bons costumes, pega um atalho estético bem questionável com dinheiro público. Quem diria?
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