1 de julho de 2024 às 10:35
A conta de luz terá um acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 kW/h consumidos a partir desta segunda-feira. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária para o mês de julho será amarela devido às condições menos favoráveis para a geração de energia no Brasil.
A Aneel acionou a bandeira amarela devido à previsão de chuvas abaixo da média, cerca de 50% até o final do ano, e a expectativa de crescimento da demanda e consumo de energia. A escassez de chuvas e o inverno com temperaturas acima da média histórica obrigam o acionamento das termelétricas, que produzem energia a um custo mais elevado que as hidrelétricas. Esse cenário é influenciado pelo GSF (risco hidrológico) e pelo aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD). Atualmente, não há despacho fora da ordem de mérito (GFOM), conforme decisão do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).
Esta é a primeira mudança na bandeira tarifária desde abril de 2022, após 26 meses de bandeira verde. Com o sistema de bandeiras tarifárias, os consumidores podem ajustar seu consumo de energia para reduzir os custos operacionais do sistema e a necessidade de acionamento das termelétricas. Antes da implementação das bandeiras, os custos adicionais eram repassados apenas nos reajustes tarifários anuais, sem fornecer um sinal imediato ao consumidor sobre o aumento do custo da energia.
Com a bandeira amarela, é essencial que os consumidores utilizem a energia elétrica de forma consciente e evitem desperdícios. A economia de energia não só ajuda a reduzir os custos na conta de luz, mas também contribui para a preservação dos recursos naturais e a sustentabilidade do setor elétrico.
A mudança para a bandeira amarela reflete um cenário de desafios para a geração de energia no Brasil. As condições climáticas adversas, combinadas com o aumento do consumo, exigem uma gestão mais eficiente e consciente da energia. O sistema de bandeiras tarifárias serve como um alerta para que os consumidores ajustem seu comportamento de consumo, ajudando a equilibrar a oferta e demanda de energia. É uma forma de incentivar práticas sustentáveis e garantir que o uso da energia seja mais racional e menos impactante para o meio ambiente.
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